11 de abril de 2016

Afinal, todo mundo só quer amor?



Eu nunca entendi muito sobre o que é o amor, mas aos poucos pude ir percebendo que ele se apresenta nas mínimas coisas e das mais diversas formas - mais um clichê da vida que se confirma - como a maneira como ele faz carinho na minha mão enquanto dirige, quando me puxa pela cintura pra me manter por perto ou me dá um abraço inesperado, ou quando pergunta como foi o meu dia e para pra me ouvir.

Nesses e em tantos outros gestos, o ego e a alma são massageados me fazendo ter aquela sensação de respirar e pensar que sorte eu tenho. Ainda mais nesse mundo onde só andar de mãos dadas já é considerado "exposição demais" porque, aparentemente, o que se tornou mais interessante foi a troca de corpos numa cama qualquer, esquecendo-se da ligação da alma e do quanto esses encontros são efêmeros em relação aos milhões de sentimentos que existem dentro da gente.

Não julgo quem escolhe o calor no lençol apenas por uma noite. As pessoas estão em sintonias diferentes e cada um se descobre da maneira que acha melhor e, às vezes, um mal qualquer se torna necessário para aprendermos uma lição. Mas uma hora isso deve cansar. E tudo o que você mais vai desejar é alguém que fique pro café da manhã e continue contigo o resto do dia e da outra noite e dos dias seguintes.


Por sorte, ou destino, ou macumba (êêê), eu já encontrei a minha pessoa. A nossa história é bem louca com alguns episódios extremamente felizes e outros bem trágicos, mas cá estamos novamente, juntinhos sem caber de imaginar até o fim raiar. E por mais que existam dias difíceis onde eu quero dar uma de doida e jogar tudo pro alto, quando olho pra ele, me lembro o porquê de estarmos juntos. Lembro que o meu dia não é o mesmo quando não o vejo. Lembro que quando acontece algo ruim ou muuuito legal, ele é a primeira pessoa pra quem eu quero correr. Lembro que é nele quem eu penso quando fecho os olhos e que, mesmo não podendo enxergá-lo, consigo desenhar perfeitamente cada traço do rosto dele na minha mente.

E um relacionamento é isso
. É o esforço pra manter o sentimento vivo. É saber conviver mesmo você gostando de rock e ele só de sertanejo. É se divertir com as maiores besteiras e tentar encontrar algum aprendizado nos desentendimentos. É deixar o outro enxergar a sua alma, os seus defeitos, os seus medos e mesmo assim se entregar.

E por mais que eu esteja numa época onde as pessoas se tornaram descartáveis e o amor virou motivo de vergonha, ao que tudo indica, eu ainda prefiro me arriscar e viver tudo isso, porque não tem preço que pague a felicidade de ter quem se ama ao lado, afinal, a opção de partir sempre vai estar disponível, mas a única coisa que eu tenho, agora, é a vontade de ficar.

- sou dores, sou flores.



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