E se eu tivesse feito tudo diferente, ainda estaríamos juntos?
Às vezes me pergunto isso. Às vezes, leia-se: todo dia, sempre.
E se não tivesse me chateado, se tivesse engolido o meu orgulho e, mais uma vez, ter ido atrás de você, pedindo para me desculpar, estaríamos juntos?
"E se" são duas palavras que tem um poder enorme sobre mim. Tem horas que me disperso, meu olhar se fixa no nada e o meu pensamento vai longe tentando descobrir a sentença matemática da probabilidade de um "e se" me responder algo. E o pior é que eu sei que, por mais que eu fique horas pensando, nunca vou saber o que poderia ter acontecido.
Na primeira vez que eu deixo o meu orgulho falar mais alto e decido tomar nenhuma atitude, tudo dá errado. Hoje, eu não tenho mais você e sinto como se também não tivesse mais um pedaço de mim. Um pedaço grande e daqueles que não podem ser reconstituídos. Tem dias que o corpo doi por sentir falta dele, outros a dor se torna suportável, mas não, inevitável. Sempre sinto.
E assim tem sido a minha vida. Sentindo a sua falta, às vezes chorando, algumas rindo, outras te odiando, depende do que eu lembro.
Todo mundo fala que isso vai passar. Eu sei que vai, mas por quê tem que demorar tanto? Por quê eu ainda tenho que sonhar com você? Por quê eu tenho que ver as nossas fotos, lembrar de como eu amava os seus olhos, o seu nariz, o seu sorriso, você inteiro? Por quê eu tenho que sentir falta do seu abraço, dos seus carinhos, de como beijava o meu pescoço ou como pegava no meu pé? Sinto raiva, quando lembro, porque não posso ter de volta. Mas se me perguntasse se eu queria poder apagar tudo isso da memória, acho que "não" seria a minha resposta.
- sou dores, sou flores.
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