24 de setembro de 2018

Como eu aperto o start?

Oi, gente. (:

Nunca passei tanto tempo sem escrever e tanta coisa aconteceu que eu nem sei por onde começar. Mas, como o blog geralmente é movido por alguma aflição minha, trago aqui mais uma pra saber se tem alguém navegando no mesmo barquinho que eu, afinal, é bom ter companhia porque ajuda a dividir as mazelas da vida.

Setembro de 2018, o que era pra ser o último semestre de faculdade acabou tendo que ser prolongado por conta de uns probleminhas e agora tenho um novo projeto pra ser escrito. Isso não chega a ser um problema, já que sei que consigo. Arranjei um emprego, algo que eu tava precisando muito e é na minha área, o que me deixou muito feliz por causa da experiência que vou adquirir, pois um dos meus maiores medos era o de terminar a graduação e ficar perdida no mercado de trabalho por "não saber nada".

Mas o que tem me incomodado é eu estar acomodada (ou com preguiça?), não sei, só sei que eu não tô no meu normal. Hoje em dia parece que nada me anima, sabe?! Não que eu esteja na bad, mas parece que pra tudo eu sinto que tá faltando algo e o que me deixa mais chateada é não conseguir encontrar o x da questão.

A minha vida é boa, saca?! Eu moro com os meus pais, tenho uma casa confortável, uma família boa, uma cachorra linda, um namorado maravi e uns amigos topzera. Faço o curso que gosto, sou bolsista (graças a Deus) e agora trabalho no ramo. O normal seria eu só agradecer, mas sempre tem um mas. Em tudo parece que eu procuro um lado negativo, um defeito e eu não sou assim. 

Eu queria conseguir encontrar a raiz disso tudo, descobrir o que tanto me incomoda e acaba refletindo nas outras coisas que eu faço, deixar de sentir peso onde não tem. Tipo, eu não sinto mais aquela vontade de me esforçar na faculdade, tô indo pras aulas nas últimas (e olha que só tô tendo aula 3x na semana), o trabalho, apesar de eu adorar, sempre me dá negocinho antes de sair de casa e, se antes eu procrastinava no que eu tinha que fazer, agora então...

E o pior de tudo é que isso reflete na minha vida e eu não consigo me doar 100% pras coisas que eu gosto. A sensação que eu tenho é a de que tô presa numa bolha e o tempo parou, e agora eu tô aqui, sem saber o que fazer. São milhões de planos, de responsabilidades, o tempo real passando e o botão de start tá travado porque não tô conseguindo recomeçar.

Já pensei inúmeras vezes em fazer terapia e, assim que eu me reorganizar financeiramente, vou colocar isso como uma das minhas prioridades porque eu realmente quero voltar a ser como eu era antes. Mas, enquanto isso não acontece, fico aqui tentando me mexer como quem tá numa paralisia do sono, mas com a esperança de que essa fase ruim vai passar...

Um comentário:

  1. Impossível não comentar depois de ter me identificado tanto.
    Hoje parece que me sinto ingrata por não estar.... feliz(?).
    Antes de terminar a universidade consegui o emprego que desejava ter e rezava dia e noite por ele. Estou nele há 06 meses. Consegui a experiência de sair de casa e ter que morar só. Tenho uma família incrível, amigos maravilhosos, um namorado tão sensacional. Cheguei aos 23 anos com a sensação de ter realizado todos os sonhos que trazia comigo e faziam eu querer muito o amanhã (só não ainda o de conhecer o mundo e de ir ao show de todas as bandas e músicos que me inspiram - Chico e Coldplay eram o ápice e já realizei).
    Eu sempre fui a positiva da galera, alto astral, esperança em pessoa, sempre tentando ver o lado bom das coisas e agora me culpo por estar imersa em pensamentos que se esgotam em: o amanhã não tem sentido. É difícil. Já decidi começar a terapia e quem sabe meditação. Me reaproximar de Deus e Maria. Eu não queria estar como estou e o quanto mais tento bater de frente por não querer e não aceitar estar assim, parece que pioro. Saudades de mim, eu diria.
    Fica bem, mana <3 que consigamos sair dessa.

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