Um dia desses estava eu
tagarelando em um dos grupos do wpp até que um amigo enviou um áudio dele
cantando e tocando violão. Ok, na mesma hora soltei a velha piada de sempre “sei
nem tocar a minha vida, quanto mais um instrumento”, todos riram, beleza, mas era a verdade, ok.
O negócio é que além de querer
saber tocar a minha vida, eu realmente queria ter um dom pra alguma coisa, mas,
como estamos falando de mim, vocês já devem imaginar a realidade, né?! Meu dom
é simplesmente não ter dom. Sério, não sirvo pra nada. Acho massa quem canta,
quem toca, quem dança... Eu finjo que jogo, já fingi que lutava também, mas
nunca fui um prodígio, uma revelação, um fenômeno. Apenas complemento as coisas.
Agora, voltando ao assunto
musical...
Lembro que, quando era mais nova, inventava de escrever músicas, mas
só uma vez eu tive coragem de mostrar pra uma amiga, a Anne. A Anne era engraçada,
ela se empolgava com qualquer besteirinha dessas que eu fizesse e com essa
letra não foi diferente, ela tinha achado legal e tudo mais, mas, assim como os outros rascunhos, acabei dando fim e, hoje, não faço ideia de como começava e muito menos
como terminava. Também já tentei aprender a tocar violão, mas me achei uma
negação. Parece que não consigo, meu braço é torto, sou desengonçada, então
nada se encaixa. Ah, eu também já tentei cantar... Mas vou deixar pra contar
essa experiência num próximo texto, talvez.
Mais uma vez, continuando...
Ontem assisti ao filme Letra e Música (Hugh Grant e Drew Barrymore) e fiquei pensando no quanto deve ser bom
saber por os sentimentos em letras e transformá-los em música. Queria
poder ter esse dom de compor (pelo menos esse, né, God?). Fazer com que as pessoas me ouvissem, se identificassem
e, de alguma forma, aliviassem suas dores por saber que alguém também já passou
por algo parecido e que superou ou simplesmente por terem gostado da minha
melodia e encontrado emoção na letra. Aí cantariam por prazer, cantariam por lembrar-se
de algo/alguém bom.
E é engraçado, porque tudo, às vezes, se resume em música.
Fim de namoro: "Eu já ouvi 50 receitas pra te esquecer..." - Música.
Reatou o namoro: "Felicidade, outra vez, volta a sorrir..." - Música
Estar bêbado: "Tá tudo girando, tá tudo embaçado..." - Música.
Saudades de casa: "Longe de casa há mais de uma semana..." - Música.
Aniversário: "Parabéns pra você, nesta data querida!" - Música.
Casamento: "Tananã, tanãna, tananã, tanãna, tananã, tananã, tananã, tananã, nã, nã, nã..." - Música.
Se formos parar pra observar, todos os momentos das nossas vidas são seguidos de uma trilha sonora.
Sempre falei que existem duas
coisas fundamentais que marcam muito na minha memória e são elas: música e
perfume. É incrível como a música deixa cicatriz em mim. Ela tem um poder
enorme de colocar uma placa identificando a época que eu estava vivendo e o que
estava sentindo quando a ouvi. Algumas me remetem a momentos bons, já outras a
momentos que eu daria tudo pra esquecer. Pra vocês terem uma ideia, até o som
que o modem faz quando conecta a internet já me dá nostalgia. E isso consegue ser tão forte que
tem música que eu demorei muito pra superar o trauma, rs. Uma delas é Sei do Nando Reis. Égua, acho que passou mais de um ano pra eu poder conseguir
ouví-la sem querer sair correndo, mas mesmo assim ainda não a tenho no meu
celular (e, sinceramente, por mais que a letra seja linda, acho que nunca vou tê-la, rs).

Por hoje é isso. Vou dormir. Beijos.
Jejé.
- sou dores, sou flores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixa uma palavrinha aí :)