3 de julho de 2013

E na minha escuridão...



... Me pergunto se cada pessoa também tem esse momento, mas como as minhas neuras são diferentes das dos outros seres humanos, creio que só eu tenha isso.

Esse lado obscuro é aquele espaço de tempo em que me perco do mundo e o mundo se perde de mim. É quando me desconheço e também não reconheço quem está ao meu redor. É quando viajo em meus pensamentos, mas sem nenhuma expressão no rosto, sem alegria, sem tristeza. É quando me sinto pequena, indefesa. É quando quero fugir, sumir completamente e, depois, ser encontrada por alguém que diz com alegria: “Ufa, tava preocupado, que bom que te achei! Por favor, não fuja mais de mim...”

Me entende?

Pode ser uma TPM(é, as mulheres tem disso), mas eu acho que não é não... Seria muito estranho se a minha fosse assim. Mas, e se for? Posso pedir pra trocar? Para ter crises de choro, ficar irritada, sentir cólicas e comer chocolates descontroladamente até tudo isso passar? Acredito que, se pudesse, seria muito melhor. Pelo menos assim eu teria um delicioso remédio para todas essas sensações e ainda engordaria uns quilinhos(coisa que estou precisando).

Quero deixar claro que nem sempre sou desse jeito e que, na maioria das vezes, não preciso de motivo para ficar assim, eu apenas fico. Fico estranha, irreconhecível. Indiferente, fria e sem graça.

Mas como quem encosta o pé no fundo do poço, pra pegar impulso para voltar à superfície, eu confesso a vocês que falando sobre isso me senti melhor. Quem sabe essa seja a cura para a minha ‘doença’. Quem sabe, escrever, seja a minha salvação. Quem sabe alguém leia e se identifique, ou não.

- sou dores, sou flores.
texto do dia 02 de Outubro de 2011.

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