... Me pergunto se cada pessoa também tem esse momento, mas como as minhas neuras são diferentes das dos outros seres humanos, creio que só eu tenha isso.
Esse lado obscuro é aquele espaço de tempo em que me perco do mundo e o mundo se perde de mim. É quando me desconheço e também não reconheço quem está ao meu redor. É quando viajo em meus pensamentos, mas sem nenhuma expressão no rosto, sem alegria, sem tristeza. É quando me sinto pequena, indefesa. É quando quero fugir, sumir completamente e, depois, ser encontrada por alguém que diz com alegria: “Ufa, tava preocupado, que bom que te achei! Por favor, não fuja mais de mim...”
Me entende?
Pode ser uma TPM(é, as mulheres tem disso), mas eu acho que não é não... Seria muito estranho se a minha fosse assim. Mas, e se for? Posso pedir pra trocar? Para ter crises de choro, ficar irritada, sentir cólicas e comer chocolates descontroladamente até tudo isso passar? Acredito que, se pudesse, seria muito melhor. Pelo menos assim eu teria um delicioso remédio para todas essas sensações e ainda engordaria uns quilinhos(coisa que estou precisando).
Quero deixar claro que nem sempre sou desse jeito e que, na maioria das vezes, não preciso de motivo para ficar assim, eu apenas fico. Fico estranha, irreconhecível. Indiferente, fria e sem graça.
Mas como quem encosta o pé no fundo do poço, pra pegar impulso para voltar à superfície, eu confesso a vocês que falando sobre isso me senti melhor. Quem sabe essa seja a cura para a minha ‘doença’. Quem sabe, escrever, seja a minha salvação. Quem sabe alguém leia e se identifique, ou não.
- sou dores, sou flores.
texto do dia 02 de Outubro de 2011.
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