17 de maio de 2015

ArruMAR



Sempre meu quarto foi meio (ou totalmente) desorganizado, mas de uns tempos pra cá percebi que tenho arrumado ele com mais frequência. E não digo apenas dobrar as minhas roupas que estavam emboladas no armário, mas fazer faxina mesmo, olhar troços antigos que ainda estavam guardados e dar um fim ou um novo rumo pra eles.


Enquanto faço toda essa limpeza digna de uma boa diarista, parece que internamente o meu corpo tá fazendo uma limpeza também. Limpeza da alma, limpeza da mente. E acho que essa quase rotina de arrumar o quarto, se tornou uma fusão com faxinar e sempre pensar na minha vida e nas decisões que tomo ou deixo de tomar. Tanto é que agora mesmo, no meio da arrumação toda, liguei o computador e comecei a digitar todas essas palavras.



Talvez eu esteja assim por causa do dia nublado (geralmente eles mexem comigo) ou por causa dos dez minutos (ou sessenta) que me fazem ficar reflexiva antes de dormir ou por causa de nada, só por mania de simplesmente pensar em milhões de coisas ao mesmo tempo. Mas o mais foda de tudo isso, são as conclusões que eu tiro ou tento tirar. Num minuto eu penso no não, no outro eu já tô tentando me convencer do sim. E não é bom isso, sabe? A incerteza é algo que te quebra as pernas, principalmente quando você não sabe nem responder se é uma pessoa ‘razão’ ou ‘emoção’.


Na verdade eu acredito que esses dois andam juntos sempre e, às vezes, eu até me saio meio inteligente. Mas sempre tem aquela pessoa que nos faz agir de forma diferente e parece que a tecla ‘tenho todos os motivos para desistir, mas continuo insistindo’ é apertada centenas de vezes, repetidamente. E eu me pergunto até quando vou continuar clicando nisso, pagando pra ver o que vai acontecer. Porque agora tá tudo bem, mas eu tô me arriscando e isso é fato. E vale a pena passar por isso? Será que eu vou saber a hora de parar, quando eu achar que já tá me fazendo mal?


Como ainda não sei as respostas pra essas perguntas, vou terminar de arrumar o quarto, quem sabe até o final eu decida algo ou então eu aperte aquela tecla mais uma vez, afinal, amar tá no meio dessa bagunça, né?


- sou dores, sou flores.

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