15 de setembro de 2014

Ainda há esperança...

Há muito tempo não assistia a TV aberta, mas como não tinha nada para fazer hoje a noite, resolvi dar uma olhada no Fantástico. Programa vai, programa vem, começa o quadro "Vai fazer o quê?". O quadro consiste em situações polêmicas encenadas por atores, sendo que o público não tem esse conhecimento, ou seja, é um teste para ver a reação das pessoas quando expostas a esses casos. Na situação apresentada hoje, a produção escolheu um garoto para atuar como um menino de rua, sendo que ele pedia livros em vez de dinheiro. 

Como de praxe, algumas pessoas mal ouviam o que ele tinha para dizer, automaticamente já se afastavam achando que ele iria pedir algum trocado. Claro que muitas das que ouviam, negavam. Mas as que realmente prestaram atenção ao pedido do garoto, se surpreenderam com o que escutaram.

"O que? Você quer um livro?" 
- É, quero!
Mas você sabe ler?
- Não, mas eu gosto de olhar as figuras.
Vamos lá, vou te dar um.
- Você pode ler um trecho pra mim?"

E então seguiam para a livraria, escolhiam o livro e, mesmo com o corre-corre da vida, tiravam uns minutinhos do seu tempo para ler para o garoto. E eu, claro, já tava super chorando vendo essa cena. Mas, por que eu chorei? Além do fato de eu ser uma manteiga derretida me emocionei com a cena porque é lindo ver que com todas as atrocidades que nos cercam mundo afora, ainda existem pessoas de bem. Pessoas que conseguem parar de olhar para o seu próprio umbigo e estender a mão. Pessoas que acendem na gente aquela faísca de que mesmo sendo um grão de areia na praia, podemos fazer a diferença. Pessoas que nos mostram que sim, ainda há esperança. Ainda há esperança pra mim, pra você, pro meu filho, pro seu neto...

E hoje eu vou dormir com essa sensação boa de que o mundo pode se tornar algo melhor. Digamos que ele é apenas uma casa em reforma, como ainda estão fazendo os ajustes ele está assim, bagunçado e até meio sujo, mas logo que essa reconstrução terminar, tudo vai ainda mais bonito. 

Espero que essa simples reportagem tenha mexido com as outras milhões de pessoas que também estavam sem nada para fazer e resolveram ligar a TV nesta noite de domingo. Que isso fortaleça a fé e a força de vontade para que se criem milhões de correntes do bem. Que eu possa fazer parte de alguma ou que eu seja até criadora de uma delas.

Enfim, por hoje é só. Beijo, Jejé :)

- sou dores, sou flores.

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